julho 11, 2008

Banho de Civilização

Assim denomino a minha última visita à Capital. Tal e qual um provinciano quando chega à “cidade grande” , assim me senti no dia 9 de Julho pelas 18h30min após a minha chegada a Lisboa. Desde autocarro, metro, umas dezenas largas de aviões, que descolavam e aterravam, aeroporto, torres Vasco da Gama, Estação do Oriente, uma quantidade exacerbada de carros, motas, pessoas, correrias, azáfama, enfim, uma parafernália de coisas, umas interessantes, sem dúvida, outras chatas, aborrecidas e completamente descabidas.
A minha deslocação a Lisboa tinha um motivo, ida ao Super Bock Super Rock ver o concerto da GIGANTE, ENORME e COLOSSAL banda, Iron Maiden, mas para atingir esse objectivo, chamamos-lhe assim, tive de ultrapassar diversas etapas, confesso que um pouco nervoso, com medo de defraudar as expectativas dos meus entes mais queridos, mas no fim dando nota a mim próprio, passei com distinção.

Ora falando então de coisas que realmente importam. O Concerto. Quase duas horas de verdadeiro Heavy Metal interpretado genialmente, por aquilo que chamo de fórmula de sucesso. 3 Guitarras que só faltava falarem. Um Baixo tocado a oxigénio (Ramon tu percebes). Uma Bateria tocada com uma calma, uma perfeição, uma delicadeza exacerbante, para vocês perceberem melhor, nem a minha mãe cuida dos pratos que pertencem ao serviço do enxoval de casamento, tão bem, quanto aquele senhor batia nas peles e pratos daquela gigantesca bateria. Por fim, o Vocalista, um senhor, piloto de aviões comerciais, ele próprio, aos comandos do seu belo avião, transporta a sua banda nas digressões, e já habituado a isso, suporta também os outros 5 “meninos” em palco. Dono de uma voz colossal e arrepiante, já com algumas falhas provenientes da idade, podemos dizer que é o verdadeiro animal de palco, um pequeno senão, algumas danças tipo Iran Costa eram escusadas.
O público constituído por aquilo que podemos chamar de, aglomerado de pessoas dos 8 aos 80, correspondeu às expectativas da banda e foi rara a música em que não houvesse coro por parte daqueles 30mil espectadores. Pensam que foi só isto?!
Não meus amigos, houve ainda muito mais, não me quero alongar, vou me cingir ao essencial. Desde luzes, fogo, foguetes, telas gigantes, cenários brutais com sarcófagos, múmias e esfinges, bonecos (Eddie, mascote da banda) em pleno movimento, a figura do Diabo que apareceu durante a interpretação de um dos hits «Number of the Beast» etc...Acho que percebem, mais ou menos, o porquê de eu dizer que foi sem dúvida o concerto da minha vida.
Pronto assim termino, acho que já chega de tanta letra junta, foi mais ou menos isto a minha viagem à Capital.

Nota:
Uma grande salva de palmas para um dos concertos da noite, Tara Perdida, sem dúvida que o punk hardcore português tem bons interpretes, umas dez ou vinte salvas de palmas para o “rápido” baterista desta banda, aquilo sim é qualidade e velocidade.
Dois pequenos pontos negativos, o vento que se fez sentir dificultou, para os mais atentos, a percepção completa e definida do som de cada banda. Os australianos Rosee Tatoo têm talento, mas só conseguem ter uma casa cheia quando o público-alvo for constituído maioritariamente por motoqueiros.

julho 08, 2008

A Devida Comédia - Miguel Carvalho

Eu, o «Special TWo»
Perdoem a imodéstia, mas é assim: ainda o Campeonato da Europa amanhecia e já eu madrugava. Disse – está escrito nestas mesmas crónicas – que a Holanda não ia longe, a Turquia tinha coração para dar e vender e escrevi - no final da primeira fase, notem bem! - que a Espanha era a minha aposta para ganhar o Euro. Ora bem, posso não merecer ir para adjunto do Mourinho no Inter – embora me agradasse trabalhar com um ego quase do tamanho do meu – mas também não sou o bruxo de Fafe. Haja respeito! Julgarão alguns que isto é tudo adivinhações. Mas não é.
São muitos anos de jogos nas bancadas, na televisão e Football Manager em dose suficiente para destruir casamentos. E para quê?! Para os jornais continuarem a pagar crónicas a peso de ouro a analistas tácticos e técnicos analistas que não acertam pevide. Onde estão eles, agora, os tais que falavam de «génios», «talentos», «meias distâncias», «consistência defensiva» e coisas que tais, agora que a Holanda, Portugal e a Rússia, a Santíssima Trindade dos elogios, tanto precisa deles? Os «especialistas» só deitaram bolas fora, essa é que é essa. Por isso é que são especialistas. Eu, meus amigos, percebo de futebol. Limito-me à minha circunstância. Não comecei por analisar jogos para o meu pai, é verdade, mas o Abramovich ganhava muito mais comigo à frente do Chelsea do que com o Big Phil. Pelo menos poupava dinheiro.
Eu, que sou um treinador da era moderna, só precisava de um técnico de campo e de um tipo para traduzir o que eu dissesse. Sobretudo, ao Ricardo Carvalho e ao Paulo Ferreira, por causa da língua. Lá em baixo, para aparecer nas televisões e dar saltinhos, estava o treinador, de facto. Ou de sobretudo, dá igual. Eu ficava na bancada, como qualquer treinador de vanguarda que se preze. Para «ler o jogo», como agora se diz, basto eu, que leio desde os 5 anos. Alguns cronistas, jogadores e treinadores, como se sabe, ainda estão a aprender as primeiras sílabas. Ou então andam sempre com a Nossa Senhora às costas.
Enfim, não sei como não repararam em mim. Um dia destes vou levar o Freamunde à fina da Taça UEFA movido a palpites e então chamem-me «Special Two».Ah! E domingo a Espanha ganha. Não digam que não avisei. É que depois já não falam comigo. Têm de ligar ao Jorge Mendes
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julho 03, 2008

Agradecimento

E pronto, 25 já ninguém me tira...
Hoje escrevo, para agradecer publicamente, todos os telefonemas, mensagens, post's, cartas com perfume e bâton que foram colocadas no para-brisas do meu carro, abraços e beijinhos que me foram endereçados, enfim todas aquelas coisas normais, que quem faz 25 anos tem direito.
Muito Obrigado a todos.
Gostaria de agradecer particularmente àquelas 3 pessoas que fizeram comigo a viagem até á Figueira da Foz na madrugada de 2 de Julho.
Envio também um grande beijo muito especial á minha namorada que me ofereceu como prenda de anos, o bilhete para o Super Bock Super Rock, para ver Iron Maiden.

julho 01, 2008

Á beira dos 25