
Nesta última edição do Rock in Rio 2008, fiz questão de acompanhar em directo, não ao vivo, porque não sou maluco ao ponto de gastar 53€ no bilhete que me daria acesso a um espectáculo no mínimo deprimente, o concerto dessa menina muito querida por cerca de 80mil pessoas que estavam expectantes pelo seu desempenho em palco e ao mesmo tempo com aquele nervoso miudinho, por não terem a certeza se ela iria comparecer ou não.
Citando Ricardo Araújo Pereira:
“Devo dizer que qualquer expectativa que eu pudesse ter foi superada. Além de lutar por um mundo melhor, Winehouse lutou, e muito, para se manter de pé.”
“Devo dizer que qualquer expectativa que eu pudesse ter foi superada. Além de lutar por um mundo melhor, Winehouse lutou, e muito, para se manter de pé.”
Faço minhas, as palavras deste grande humorista da praça portuguesa. Sem dúvida que a luta constante que esta menina teve para se aguentar em pé foi qualquer coisa de extraordinário. Agora temos de pensar numa coisa interessante, as pessoas que pagaram os tais 53€, estavam á espera de ouvir música ou de assistir a um Show de equilibrismo?! A dúvida surge, porque qualquer pessoa que tenha mínimo acesso á informação mundial, deveria saber que Amy Winehouse não tem neste momento as mínimas condições, nem capacidades para proporcionar um espectáculo musical, volto a repetir, um espectáculo musical, que valha cerca de 3€, muito menos 53€, no entanto público não faltou. Por isso continuo ainda com dúvidas.
Eu não consigo conceber como é que 80mil pessoas estão á frente de um palco sedentas e expectantes de ver um concerto de uma menina como esta, se me dissessem assim, «ah e tal, eu estou aqui para ver os músicos dela» eu aí calava-me, apagava já este texto e recolhia-me em silêncio, agora, isso não aconteceu, porque se apenas tivessem lá os músicos, essas 80mil pessoas estariam ao pé das bilheteiras a pedir o seu dinheiro de volta.
Eu não consigo conceber como é que 80mil pessoas estão á frente de um palco sedentas e expectantes de ver um concerto de uma menina como esta, se me dissessem assim, «ah e tal, eu estou aqui para ver os músicos dela» eu aí calava-me, apagava já este texto e recolhia-me em silêncio, agora, isso não aconteceu, porque se apenas tivessem lá os músicos, essas 80mil pessoas estariam ao pé das bilheteiras a pedir o seu dinheiro de volta.
“Não quero com isto sugerir que Amy Winehouse não contribui para que o Mundo fosse melhor. Por um lado, toda a gente que já se entregou aos prazeres do álcool percebeu que, ao segundo ou terceiro copo, o Mundo parece, de facto, começar a melhorar. Agora imaginem quão bom é o Mundo de Amy Winehouse”
E assim termino, citando novamente o saudoso “poeta”, Ricardo Araújo Pereira.
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